Arte e Educação Estética na Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil: uma análise sob a ótica da Teoria Crítica da Sociedade

Autores

  • Eliandra Cardoso dos Santos Vendrame Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6212-0847
  • Amanda Vitor Dourado Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil.
  • Silvana Maria Vieceli de Souza Universidade Estadual de Maringá. Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2427-4749
  • Flávio Alessandro Braga Zuckert Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2189-4627

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8733.2022v23n4p537-544

Resumo

A implementação da Base Nacional Comum Curricular, em 2017, e a necessidade de refletir e desmistificar o modelo e as finalidades da educação nacional para o ensino da Arte na perspectiva da educação estética motivaram a realização desta pesquisa. O estudo teve como objetivo analisar os conteúdos do ensino da Arte propostos pela Base Nacional Comum Curricular, por intermédio dos procedimentos de leitura, síntese das fontes de informação bibliográfica e documental referenciadas pela Teoria Crítica na abordagem de Adorno e Horkheimer (1985). As discussões se pautam na análise dos campos de experiência, dos objetivos e dos direitos de aprendizagem na Educação Infantil, sob a ótica da Teoria Crítica da Sociedade e da Teoria Histórico-Cultural. Há indícios de que o conteúdo de Arte vem organizado em princípios da Indústria Cultural e se manifesta nesse documento. O papel do professor como agente do ensino é determinante na mediação da criança com o objeto estético, o que indica que o conhecimento artístico é possibilitado pela experiência estética. Conclui-se que a escola necessita encontrar possibilidades de mediação que assegurem às crianças a formação em Arte como educação estética emancipadora, com vistas à superação da indústria cultural com o intuito de uma formação cultural que promova a humanização.

Palavras-chave: Educação. Indústria Cultural. Emancipação.

Abstract
The implementation of the National Common Curricular Base in 2017, and the need to reflect and demystify the model and purposes of national education for the teaching of Art from the perspective of aesthetic education motivated this research. The study aimed to analyze the contents of Art teaching proposed by the National Common Curricular Base through reading procedures, synthesis of the sources of bibliographic and documentary information referenced by Critical Theory, in the approach of Adorno and Horkheimer (1985). The discussions are based on the analysis of fields of experience, objectives and learning rights in Early Childhood Education, from the perspective of Critical Theory of Society and Historical-Cultural Theory. There is evidence that the content of Art is organized in principles of the Cultural Industry and are manifested in this document. The role of the teacher as a teaching agent is determinant in mediating the child with the aesthetic object, which indicates that artistic knowledge is made possible by aesthetic experience. It is possible to conclude that the school needs to find possibilities of mediation which ensure children training in Art as an emancipatory aesthetic education, with a view to overcoming the cultural industry with the aim of a cultural formation that promotes humanization.

Keywords: Education. Cultural Industry. Emancipation.

Biografia do Autor

Eliandra Cardoso dos Santos Vendrame, Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil.

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Paraná - Fecilcam (1999). Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual do Paraná - Fecilcam (2006). Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2012). Especialista em Educação Especial - Faculdade Modelo (2017). Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá(2015). Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (2018). Atua como Contadora de Histórias. Atualmente é professora do Município de Campo Mourão. Na Universidade Estadual de Maringá participa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Social em Saúde e do Grupo de Pesquisa Infância, Adolescência e Juventude. Brinquedista, com formação pela Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Infantil. Pesquisa sobre Infância, Literatura, Educação Literária, Contação de histórias, Brincar e Educação Infantil.

Amanda Vitor Dourado, Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil.

Professora de Educação Infantil e de Atendimento Educacional Especializado na Prefeitura Municipal de Maringá. Atualmente estudante de Serviço Social no Centro Universitário Leonardo Da Vince. Especialista em Gestão e Coordenação Escolar, Atendimento Educacional Especializado e Pedagogia Hospitalar e Docência do Ensino Superior. Discente do curso de MESTRADO em Educação na Universidade Estadual de Maringá na linha de atuação Ensino, Aprendizagem e Formação de Professores (ENS). Participante do Grupo de Pesquisa e Ensino "Trabalho Educativo e Escolarização" (GENTEE-UEM) e da OPM. - UEM- Oficina de Matemática.
Conselheira Municipal de Educação e representante sindical por local de trabalho (RLT).

Silvana Maria Vieceli de Souza, Universidade Estadual de Maringá. Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil.

Professora de Educação Especial - Secretaria Estadual de Educação do Paraná e Orientadora Educacional - Secretaria Municipal da Educação de Campo Mourão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, atuando principalmente nos seguintes temas: organização didático pedagógica; atendimento educacional especializado, altas habilidades/superdotação; ensino, aprendizagem e desenvolvimento; educação infantil.

Flávio Alessandro Braga Zuckert, Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação.PR, Brasil.

Possui graduação em Música pela Universidade Estadual de Maringá (2011) e Especialização em Educação Inclusiva, Especial, e Políticas de Inclusão pela Faculdade Eficaz (2012). Acadêmico do Mestrado em Educação na Universidade Estadual de Maringá (início em 2019), desenvolve a pesquisa ''A ludicidade e o ensino de música nos livros didáticos de Arte para o quadriênio 2019-2022 do Programa Nacional do Livro Didático - PNLD 2019'', e participa do Grupo de Estudos Educação Social em Saúde (GEPESS) sob orientação da Profª Drª Ercilia Maria Angeli Teixeira de Paula. Professor de Arte efetivo na Secretaria Municipal de Educação de Maringá, atualmente desempenha a função de Formador Educacional, atuando na coordenação e assessoria pedagógica do componente curricular Arte, na promoção e desenvolvimento da Educação Básica por meio da formação de docentes, elaboração e organização curricular e assessoramento pedagógico. Também já atuou no ensino de Arte em todas as séries da Educação Básica em escolas privadas e estaduais, no decorrer de 2009 e 2016 e, no Ensino Superior enquanto professor conteudista, no primeiro semestre de 2020, em que foi responsável pela produção dos materiais didáticos, gravações de aulas e desenvolvimento das atividades avaliativas para a modalidade Educação a Distância para o curso de graduação em Pedagogia no Centro Universitário Ingá - UNINGÁ.

Downloads

Publicado

2022-12-15

Como Citar

VENDRAME, Eliandra Cardoso dos Santos; DOURADO, Amanda Vitor; SOUZA, Silvana Maria Vieceli de; ZUCKERT, Flávio Alessandro Braga. Arte e Educação Estética na Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil: uma análise sob a ótica da Teoria Crítica da Sociedade. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 23, n. 4, p. 537–544, 2022. DOI: 10.17921/2447-8733.2022v23n4p537-544. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/8970. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos