A Estratégia de Pedir Ajuda: Concepções de Professoras da Educação Infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8733.2025v26n1p25-35

Resumo

A autorregulação da aprendizagem é um caminho possível para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes. Ancoradas na perspectiva social cognitiva, buscamos trazer a necessidade de se investir esforços no desenvolvimento de competências da promoção da autorregulação com as quais as crianças pequenas podem contar a partir de um trabalho metacognitivo intencional, em especial no uso da estratégia de pedir ajuda. O objetivo central do presente estudo consistiu em conhecer os modos mais comuns pelos quais as crianças de Educação Infantil costumam pedir ajuda no cotidiano educacional segundo as perspectivas de suas professoras e identificar desafios para a formação de professores no campo da promoção da autorregulação de crianças da Educação Infantil. Participaram da pesquisa cinco professoras de um centro de Educação Infantil público da cidade de Campinas/SP. Os seguintes procedimentos foram utilizados para a produção do material empírico: (i) encontros formativos que aproximavam as professoras do conceito de autorregulação da aprendizagem e da estratégia de pedir ajuda; (ii) entrevistas semiestruturadas com as professoras com questões que focalizavam a estratégia de pedir ajuda. A análise do material empírico demonstra a necessidade da intensificação da formação de professores para compreensão da importância da promoção de competências autorregulatórias em crianças da Educação Infantil, pois mesmo com o reconhecimento das docentes sobre a relevância do uso da estratégia de pedir ajuda pelas crianças, ainda prevalece a percepção de que esta ação é algo inato e que seu desenvolvimento não requer um trabalho formal, intencional e sistemático.

Palavras-chave: Autorregulação. Formação Continuada do Professor. Criança.

Abstract
Self-regulated learning is one of the ways to develop students’ autonomy. Based on the social-cognitive perspective, the idea is to discuss the need to invest efforts into developing self-regulation-promoting competences through intentional metacognitive work, which young children can use, especially the help-seeking strategy. This study’s main objective was to understand how children in Early Childhood Education most commonly ask for help during their educational routine, according to their teachers’ perspectives, and to identify the challenges in teacher education regarding the promotion of self-regulation among Early Childhood Education children. Five teachers from a public Early Childhood Education center in the city of Campinas/SP participated in this research. The following procedures were used to produce the empirical material: (i) formative meetings to discuss with the teachers the concept of self-regulated learning and help-seeking strategies; (ii) semi-structured interviews with the teachers, focusing on help-seeking strategies. The analysis of the empirical material shows the need to intensify teacher education to raise awareness of the importance of promoting self-regulatory competences among Early Childhood Education children. Although teachers acknowledge that help-seeking strategies are relevant to children, the prevailing perception is that this knowledge is innate and that its development does not require formal, intentional, and systematic work.

Keywords: Self-Regulation. Continuing Teacher Education. Child.

Biografia do Autor

Luciana Rodrigues Ferreira Dal’Ava, Pontifícia Universidade Campinas. SP, Brasil.

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2006), especialização em Neuropsicopedagogia Clínica pela Censupeg (2023), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2024). É professora de educação básica da Prefeitura Municipal de Campinas.

Jussara Cristina Barboza Tortella, Pontifícia Universidade Campinas. SP, Brasil.

Possui doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1996). Desenvolve Assessoria Pedagógica em secretarias de Educação e em escolas particulares. Atuou como professora e pesquisadora titular, em regime de dedicação integral, na PUC-Campinas entre os anos 2011 e 2022. Foi coordenadora do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PPGE PUC-Campinas) no ano de 2022.

Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da Rocha, Pontifícia Universidade Campinas, Programa de Pós-Graduação em Educação. SP, Brasil.

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. É líder do Grupo de Pesquisa Formação e Trabalho Docente, em que são desenvolvidos trabalhos na Linha de Pesquisa "Formação de Professores e Práticas Pedagógicas". Realiza pesquisas na área de Psicologia e Educação, principalmente nos seguintes temas, fundamentados na perspectiva da Psicologia Histórico-cultural: desenvolvimento psicológico infantil, funções psicológicas superiores, atividade lúdica, alfabetização e letramento, relacionando-os com práticas pedagógicas e formação de professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (anos iniciais). 

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Publicado

2025-03-28

Como Citar

DAL’AVA, Luciana Rodrigues Ferreira; TORTELLA, Jussara Cristina Barboza; ROCHA, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da. A Estratégia de Pedir Ajuda: Concepções de Professoras da Educação Infantil: . Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 25–35, 2025. DOI: 10.17921/2447-8733.2025v26n1p25-35. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/13425. Acesso em: 13 jun. 2025.

Edição

Seção

Artigos